A centopéia de metal se abre
expõe suas entranhas.
De suas entranhas saem os vermes
entram os vermes
agitados, apressados,
como eles eu sou um
verme da centopéia subterrânea.
Em suas entranhas todos se aglomeram
Um festival de carnes sem vida
Olhares vazios
zumbis não-mortos.
Nenhum olhar para qualquer outra direção
à não ser ao vazio,
ao nada.
E eles vivem em suas entranhas como mortos
até chegarem à seus destinos
correndo apressados
para ganharem suas vidas
E a centopéia indiferente se fecha
com suas patas de aço continua caminhando
sem sentir, sem pensar
É apenas máquina...
Assim como os vermes.
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