segunda-feira, 26 de julho de 2010

Another day...

Mais um ano se passa, outro aniversário.

Ok, você está tentando colocar as coisas no lugar, tentando mais uma vez superar o que parece muitas vezes ser insuperável, lutando pra manter a sanidade e manter a sanidade dos inocentes.

Não somos 2, somos 3 e é difícil tocar o foda-se quando existe uma alma inocente entre a troca de tiros.

Tudo bem, penso. É meu aniversário mas a surpresa não será para mim.

Um jantar, uns drinks e uma noite romântica sem hora pra acabar. Esse é o plano, essa é a proposta.

Tudo aceito, tudo combinado. Só falta um detalhe: O que comer? Italiano, Japonês, Árabe?

A sugestão: Augusta. Lá tem de tudo afinal de contas. Putas e drogas, hotéis e motéis, shoppings e lojinhas transadas.

Na Augusta tem de coxinha a self-service indiano então porra, esse é o lugar. Não somos velhos comemorando bodas. Somos jovens e eu estou disposto a gastar a grana com a qual poderia comprar algo bem legal para mim, numa noite a dois, tentando recuperar um pouco daquele romance que creio ser, inrrecuperável.

Pois bem, chegamos na Augusta. Tudo lindo, mas nada agrada. Nenhum lugar está realmente bom. Na verdade, ela não está afim de comer ou beber. Que tal o shopping? Pegar um filme.

Sessões da meia-noite. Não vai rolar. Saíremos tarde, sem ônibus para a segunda parte da noite.

Aí que está. A segunda parte da noite, de amor e luxúria também não vai rolar saca? Não é um dia bom, o cansaço da semana tá cobrando o preço saca? Ela não está afim.

Porra... então o que me sobra? Um lanche no McDOnalds e ir dormir em casa? Pois é, esse é o presente de aniversário chapa. É isso ou nada, apenas um passeio de transporte público em São Paulo.

Pois é... lanche e casa.

Não dormi em casa. Optei por ir com meus filmes para a casa de mamãe.

Sempre corremos pras asas da mãe quando a coisa aperta e tudo parece deixar de fazer sentido.

Filmes inspirados nas obras de Bram Stocker e Clive Barker me fizeram companhia até o sol começar a surgir.

Algumas horas de sono, vestir a melhor cara possível e ir passear em família à beira da represa.

Sem vontade de estar lá ou de viver.

Pelo menos meu raio de sol estava iluminando o ambiente. A melhor coisa de se ter uma criança é ver a inocência e aquela alegria simples e intensa da qual você pouco se lembra estampada em seus olhos.

Ela é minha pedra que me impede de perder o que resta da minha sanidade.

O medo é que com o tempo eu me torne tão insensível que nem isso mais prenda minhas raízes na terra.

Veremos. Quem sabe quando eu fizer 29 anos as coisas não estejam melhores e estas postagens melancólicas sobre meu aniversário não dêem lugar a gritos jubilantes de felicidade autêntica... Amém.

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